A geração Y e Z e as Universidades

Estamos começando mais um ano ou semestre letivo. Momento em que nós, professores universitários, recebemos nossos alunos "calouros" para iniciarmos o trabalho da construção do conhecimento. Sendo assim, para que o processo ensino aprendizagem ocorra de maneira eficaz, temos que conhecer os sujeitos de nossa praxis educacional: o aluno.
Bem, estamos em 2017. Isso quer dizer que teremos contato com alunos que nasceram entre 1997 e 2001, aproximadamente. É certo que também alunos mais velhos irão entrar em nossas turmas, mas a grande maioria são alunos que terminaram o ensino médio, e agora, estarão cursando o Ensino Superior. Estes jovens são pertencentes a geração Y. As pessoas que pertencem a esta geração possuem características peculiares e muito diferentes dos discentes de 20 anos atrás.
Segundo Veloso et al. (2016), as pessoas nascidas a partir de 1978, são consideradas jovens da geração Y. Filhos de pais mais ausentes, por trabalharem fora de casa, os jovens da geração Y foram criados dentro de uma nova realidade familiar, em estruturas menos convencionais. Apesar disso, essa geração valoriza e aprecia o jeito de seus pais, especialmente por serem mais comunicativos e darem mais espaço aos filhos dentro da família. Além disso, os jovens da geração Y, aprendem a, desde muito cedo, participar das decisões familiares e se sentem valorizados por isso. Também foram educados para se sentirem valiosos e respeitados, respondendo mal ao autoritarismo (Rivellino, 2013)
Por terem nascido na era digital, a geração Y tem a tecnologia como uma extensão de sua vida, pois teve acesso a computadores, games e celulares desde pequena. São jovens bem informados, totalmente conectados e que usam serviços de SMS, comunidades, redes sociais e chats para se relacionar com amigos e pares e para buscar informações.. Menos preconceituosa, a geração Y aceita melhor a diversidade e gosta de estar em grupo. Apesar de muito realistas, esses jovens são extremamente otimistas. Porém, são ansiosos, impacientes e acreditam que podem aprender e assumir responsabilidades rapidamente, mas não gostam de rotinas nem de tarefas repetitivas (Rivellino, 2013).
Ou seja, teremos contato com uma geração extremamente rápida, dinâmica e que tem a tecnologia como ferramenta para o alcance de quase todos os seus objetivos. Porém, são impacientes, e por terem tido uma ação muito mais participativa na convivência familiar, podem agir com uma certa insubordinação. Sabe quando sua mãe falava "Não faça isso" e você não fazia?? Pois é. A geração Y tem a tendência de experimentar para ver o que acontece, já que são empreendedores por natureza.
Além disso, gostam de ser ouvidos e reconhecem um líder não devido ao tempo de experiência desta pessoa em uma organização, por exemplo, mas sim, pela coerência entre o que ela pensa e as atitudes que toma. Os indivíduos da geração Y são questionadores incansáveis. Pode ter certeza: você irá entrar em sala de aula e irão questionar o seu ponto de vista, caro professor. Sim, mesmo o senhor sendo doutor em sua área de atuação.
Bem, não preciso nem dizer que para caminhar com estes alunos em direção ao conhecimento, você deverá utilizar ferramentas e estratégias bem diferentes daquelas que utilizava a anos atrás, certo? O perfil dos alunos é diferente, portanto as estrategias de aprendizagem são muito diferentes também. Procure utilizar estratégias em que seu aluno seja orientado ao conhecimento, instigando-o a todo instante, o desafiando. De preferência para estratégias que utilizem tecnologias. Se em sua instituição de ensino existe uma ferramenta de recursos on line, via internet, por exemplo, como um portal do aluno, utilize-o.
Os recursos em Power Point já não são suficientes para uma aula expositiva. Se você tiver a sua disposição um laboratório de informática ou uma lousa digital para apresentação de suas aulas, seja o primeiro a agendá-las utilizando os recursos tecnológicos! Seus alunos irão agradecer muito!

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